Fugindo um pouco da temática do blog, hoje vamos falar de coisa séria. Um tempo atrás o blog ah duvido fez um excelente post sobre competências nobres e mediocres, esclarecendo o grande erro do povo ao idolatrarem pessoas que talvez não sejam tão dignas de tanto reconhecimento assim. Como concordo completamente com a idéia estou postando aqui no blog, até para passar a mensagem para frente. Confira!
Competências são, segundo a 
visão da Psicologia, traços de personalidade que permitem ao indivíduo 
atingir determinada realização ou desempenho.
 Provém da construção do ser, do seu aperfeiçoamento como pessoa para 
realizar determinada tarefa, diferentemente do talento, que por sua vez,
 se tem desde o nascimento e não pode ser modificado pelo aprendizado.
Adquirir uma competência geralmente 
exige algum tipo de esforço. Para ser competente em certa ação, 
normalmente o individuo atravessa algum treinamento ou estudo. 
Entretanto, nem toda competência, assim como, nem todo o talento, dom ou
 seja qual for a qualidade atribuída à pessoa, é de fato útil. Esse 
ultimo é um dos pontos que me incomoda muito, pois, no mundo idiota em 
que vivemos, parece que quanto mais inútil for essas virtudes, aptidões,
 entre outros “ões”, mais significativa ela se torna à uma cultura e 
para a sociedade.
Acho que para iniciar a mudança desse 
estágio para um nível mais avançado de consciência nós deveríamos 
hierarquizar nossas competências e talentos, de maneira que o 
reconhecimento e a valia fossem proporcional ao retorno que esses(as) 
trariam para o verdadeiro bem comum e por sua utilidade. Desse modo, 
teríamos competências nobres e competências medíocres, assim como, 
talentos nobres e talentos medíocres, cada qual com seu reconhecimento e
 valia aumentados ou diminuídos, de acordo com sua importância social. 
Isso faria com que os próprios indivíduos que compõe a sociedade 
incentivassem o ato que trouxesse o bem comum e diminuísse tudo que 
fosse inútil e individual.
Para ilustrar o que estou tentando 
apresentar, vou dar alguns exemplos, para você perceber a diferença 
entre algo “nobre” e algo “medíocre”, mas primeiro peço que o leitor se 
desfaça das ilusões e se atenha no “real”:
A matemática é um exemplo de 
competência/talento nobre. Com a matemática se constrói prédios, carros,
 computadores, entre outras tecnologias que vão facilitar a vida de 
todos. Do contrário, a competência/talento musical traz apenas retorno 
ilusório às pessoas. A felicidade que as pessoas sentem ao escutar uma música
 vem somente do seu intimo e gosto, que varia muito de humano para 
humano e não é necessária para nossa sobrevivência ou mesmo, insere um 
fator agregador, visto que, estilos musicais são e sempre foram motivos 
para discussões e segregação (ex. “Rock melhor que funk”, “Funk melhor 
que Rock”). Logo, uma competência medíocre, do ponto de vista do bem 
social! Mas o que ocorre em nossa sociedade atual? Um cientista é 
desvalorizado, embora ele trabalhe em prol de uma melhoria que trará 
benefícios para todos. Já um músico, que em nada muda a situação social,
 é aclamado, idolatrado, sendo que o mesmo é o único que realmente 
recebe retorno pelo trabalho desenvolvido. Do mesmo modo, temos os 
“atletas”, que nada fazem por uma sociedade e recebem um reconhecimento e
 retorno financeiro descabido. Você não vê o mesmo comportamento sendo 
aplicado à professores, juízes, médicos, bombeiros, ou qualquer outro 
membro que forma as engrenagens da sociedade e que realmente fazem algo 
significativo por ela.
O motivo para esse comportamento, de 
desmerecer o que é útil e idolatrar o que é inútil é Histórico. Na 
Antiga Roma, mantinham o povo alimentado e sempre distraído com os 
Esportes, uma estratégia conhecida por nós como “pão e circo” para 
evitar revoltas populares. Uma pessoa distraída tão pouco dá importância
 para os problemas que tomam a sociedade, postura que dá uma certa folga
 aos governantes. Hoje, a mesma prática ainda continua, porém, tem 
outros focos: além da distração, o “circo” é usado para movimentar a 
Economia. Por isso, os Esportes são valorizados: eles movimentam muito 
dinheiro!
Do contrário, um cientista engajado que 
trabalha em função do bem-estar social ou um professor que quer levar a 
Educação aos cantos mais inalcançáveis possíveis recebem a repreensão. 
Isso acaba ocorrendo porque nesse caso não existe movimento da Economia e
 mesmo, pode atrapalha-la. Por exemplo, imagine um cientista que invente
 um substituto para o petróleo, que seja tão barato de fabricar que 
seria uma fonte de energia praticamente gratuita….tal invenção 
terminaria por ameaçar a Economia e por isso, muitos desses cientistas 
antes mesmo de iniciarem suas pesquisas já são chamados de “loucos”.
É triste perceber que essa idéia já está
 tão enraizada que as pessoas sequer conseguem perceber a diferença, por
 exemplo, entre um cientista e um músico para sociedade. Muitos acham 
mesmo que pessoas como Cazuza e Ivete Sangalo realmente fizeram algo 
significativo para nossa nação. E digo mais: esses, geralmente, sequer 
sabem quem foi Carlos Chagas ou Vital Brazil, ou ainda, César Lattes.
Uma parábola que uso para tentar 
explicar para as pessoas o meu ponto de vista e talvez ajude você 
leitor, caso ainda não tenha captado a mensagem, é a seguinte: Imagine 
um mundo sem músicos e atletas. O que perderíamos e o que mudaria? Não 
precisamos de Músicos para fazer Música, tão pouco precisamos de 
“Atletas” para praticar Esportes! E mesmo que eliminássemos esses dois 
itens, o que mudaria? Pois bem, agora imagine o mundo sem médicos, 
juízes, bombeiros, policiais, engenheiros, cientistas, professores, 
jornalistas…. é, o que conhecemos hoje como “ordem” seria substituído 
pelo “caos infernal”. Esses profissionais são peças insubstituíveis para
 nossa sociedade atual. Tire um deles e você gera a desordem. Nós só 
chegamos ao estágio atual da evolução porque eles surgiram nessa 
caminhada. Eles possuem “competências” que verdadeiramente são uteis ao 
meio social, não precisam se apoiar em mentiras e visões distorcidas da 
realidade para que seu trabalho ganhe valor.
Por fim, não vou encerrar o texto com 
uma conclusão. Deixo a pergunta à você, leitor, e a idéia aberta para 
discussão: Qual a sua opinião sobre o assunto e se você concorda que um 
mundo aonde o mérito fosse dado aqueles que desempenham funções uteis ao
 bem comum seria um mundo melhor?
Créditos: Ah duvido







1 comentários:
12/17/2013 5:52 PM
e ai cara gostei do seu texto e ai eu te pergunto. o mundo seria melhor sem o punk???
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